Otaku Brotherhood-PT
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TIME MACHINE

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1TIME MACHINE  Empty TIME MACHINE Ter Abr 16, 2013 11:52 am

THARCOSMARU

THARCOSMARU
Novato
Novato

Comecei a escrever isto quando era mais novo, ou seja, está acompanhar o crescimento da minha escrita.
Espero que gostem! Very Happy

(Nota: esta fan fic foi passada de um fórum para outro. Pode conter erros devido à mudança.)



TIME MACHINE

SAGA 1 - NINJA SAGA


Introdução

Vivemos num tempo de guerra fria, onde os Homens não reconhecem a paz. Escondido nas sombras (como reza a lenda), um herói irá nascer, e o seu nome é... Maniakku.
Após 3 anos de guerra intensa, o nosso herói decide acabar com esta maldição e trazer-nos de volta a esquecida "paz". Maniakku colocou-se a caminho em direção às terras quentes onde encontrou um velho ermita que lhe ensinou as suas artes secretas...
Como pouco se sabe quanto aos longos anos de treino que o nosso herói teve com o ermita passemos à próxima fase da nossa história: para devolver-nos a paz, apresentou-se perante Itami, mestre da guerra que queria unificar o Japão sob as suas ordens. Maniakku desafiou Itami para uma batalha onde demonstrou os seus novos poderes derrotando o seu adversário.
Passados milhares de anos, a morte do lendário Maniakku parece ter sido em vão...
Estamos no ano 2012, onde a "Profecia Maia" relata o fim do mundo. As guerras assombram o mundo sem piedade. Mas nem tudo é assim tão mau porque o nascimento de dois rapazes japoneses marca uma nova era! Tsurumaru Kosuki, um rapaz inteligente mas fraco de corpo (graças à sua corpulência) e de 14 anos e Ehiachi Doshira, um rapaz "quase perfeito" (na visão das raparigas da sua idade) e de 15 anos.
Os dois trabalharam anos das suas vidas para tentarem resolver a situação das guerras, e conseguiram inventar uma máquina capaz de viajar no tempo e nas diferentes dimensões que constituem o Universo como o conhecemos! Os nossos heróis estão decididos a voltar ao Japão Feudal para tentarem impedir o rumo do futuro. É assim que começa uma nova lenda, a lenda de...

NINJA SAGA




CAPÍTULO 0 - Rapto de uma Besta

Vamos primeiro, antes de vos contar o importante, contar-vos o princípio:

"Há muito tempo atrás, no Japão antigo, existiam 5 grandes aldeias ninja onde a mais prestigiada era a Vila Oculta do Fogo. Nesse tempo, cada uma dessas aldeias era vigiada por uma besta guardiã, e cada besta residia selada num pergaminho até serem necessitadas.
A besta guardiã da Vila Oculta do Fogo era a lendária Phoenix de 5 Caudas, uma ave gigante de fogo que renasce das próprias cinzas.
Uma vez por ano, as bestas eram todas levadas do templo sagrado do centro do Japão (onde residiam os pergaminhos), por onde estavam ligadas todas as Vilas Ocultas (do Fogo, do Vento, da Água, da Terra e do Trovão), para a própria aldeia. Durante esse percurso era normal haver assaltos, mas desta vez, foi tudo bem planeado. O ninja de elite encarregado de trazer o pergaminho da Phoenix à Vila Oculta do Fogo foi assassinado pelo caminho por 5 ninjas misteriosos."

A partir do momento em que isto aconteceu (e pelo que está escrito nos livros que os nossos dois heróis leram) aquelas aldeias ninja nunca mais foram as mesmas. Os dados referem que aquele pergaminho foi bastante relevante para a destruição da paz! Será que foi este assalto o motivo do início das guerras intermináveis do nosso tempo? Isso era o que os nossos heróis iriam descobrir!
Tsurumaru colocou-se a investigar, como fazia todos os dias, enquanto o seu melhor amigo Ehiachi tratava de treinar boxe que era o seu desporto favorito. Estavam no quarto de Tsurumaru. Era escuro, tinha vários cartazes e posters nas paredes e na porta castanha que os separava da restante civilização. Havia uma secretária perto de uma das paredes, cheia de livros, papéis e com um computador portátil onde Tsurumaru trabalhava com exatidão. Nessa mesma parede, também havia uma pequena janela semiaberta que demonstrava o verdadeiro esplendor do quintal da casa do pequeno sábio. Na parede contrária a essa, estava Ehiachi e o seu saco de boxe a treinarem arduamente um com o outro numa dança desenfreada de socos frontais, laterais e oblíquos ao conhecimento humano.
Lá fora estava o quintal. Numa das partes do mesmo, estava uma pequena horta, um local de orgulho para a mãe de Tsurumaru (a senhora Kosuki). No meio do quintal, a ser observada e cortejada por Trueless (o gato de Ehiachi) estava a máquina do tempo “D.U.C.K.” (Dispositivo de Unidade Computadorizada Knorr – a palavra “Knorr” no final da sigla serve pelo facto de a energia principal dos geradores da máquina ser composta por caldos da marca Knorr)! Estava quase pronta para a sua primeira viagem…




CAPÍTULO 1 - Reescrever a História

Tsurumaru e Ehiachi prepararam a máquina. Estava tudo pronto!
Ehiachi não se preocupava muito com a viagem, apenas queria sentir o poder dos antigos ninjas e samurais no seu sangue frio. Tsurumaru era um apaixonado pela ciência e pelo oculto e o desconhecido. Os nossos heróis entaram confiantes, apesar de apenas terem (cada um) cerca de 15 anos, ambos sabiam cuidar de si mesmos e (se necessário) um do outro.
Tsurumaru ajustava as coordenadas temporais enquanto Ehiachi treinava com um saco de boxe que havia colocado no interior da máquina.


-Então cromo...a fazer contas? - gozou Ehiachi.

-Pelo menos eu faço alguma coisa...podes paçar-me esse dijuntor quantico-temporal? - perguntou Tsurumaru, ocupado com o imenso número de fios elétricos que ocupavam o interior do mapa inter-temporal.

-O "dijo-quanti-quê"? Vá lá crominho...até tu fazes melhor que isso... - gozou novamente Ehiachi, continuando a bater no saco com toda a sua força e velocidade.

-É este "dijo-quanti-quê" de que eu falei! - berrou Tsurumaru ao seu melancólico colega.



Tsurumaru arranjou o mapa, analisou todas as coordenadas minuciosamente e preparou a viagem.
Já preparados, a viagem começou...

[align=center]...[/align]

A viagem foi rápida, mas torbulenta. Os nosso heróis haviam chegado, mas demasiado tarde..o pregaminho já tinha sido roubado.
Eles decidiram ficar durante 4 dias a conhecerem a Vila Oculta do Fogo. Era uma aldeia feliz e sem problemas.
Ao 4º dia, Ehiachi havia saído para o seu treino matinal enquanto Tsurumaru foi dar o seu habitual passeio. Pelo caminho avistou 3 rapazes a meterem-se com um miúdo. O nosso herói aproximou-se e disse:

- O que estão a fazer?

- Este mariquinhas tem medo de lutar comnosco! Mariquinhas!!! - responderam os rapazes apontando para o pobre do miúdo.

- Parem já - gritou o nosso herói.


Nesse mesmo segundo, Ehiachi apareceu de repente e imobilizou (com um golpe direto no pescoço) os 3 rufias, fazendo-os desmaiar.

- Porque fizes-te isso? - perguntou Tsurumaru.

- Era o que tinha de ser feito! - declarou Ehiachi, desaparecendo de seguida por entre os arbustos.

(Tsurumaru dirigiu-se ao pequeno, ainda a chorar por causa dos outros 3)

- Pronto...está tudo bem...precisas de alguma coisa? - perguntou o nosso herói, com toda a amabilidade que conseguiu.

- Um dia serei o próximo Faiakage (chefe ninja da Vila Oculta do Fogo), afastarei os rufias sozinho e todos irão parar de me intimidar por ser medricas! - gritou bem alto o pequeno miúdo.


Tsurumaru ficou admirado mas não disse nada perante aquela estranha resposta do rapaz. O rapaz afirmou chamar-se Yashimaru, um orfão de 8 anos que vivia num orfanato perto dali.
O nosso herói decidiu levar o "pequeno guerreiro" a casa, feliz e salvo.




CAPÍTULO 2 - O meu caminho...

Depois de deixar o miúdo no orfanato, Tsurumaru voltou à máquina. Estava pousada numa árvore da imensa floresta que cobria os limites da aldeia. Tsurumaru odiava mexer-se desnecessariamente, mas tinha que o fazer (senão levava outra vez com as dolorosas palavras de Ehiachi). O nosso herói trepou a escarpada casca da árvore muito devagar e com grande dificuldade. Era a primeira vez que conseguira trepar uma árvore...
Lá em cima, a máquina podia ser bem descrita: era (básicamente) uma máquina imaginada por um miúdo. Parecia uma casa pequena, não tinha janelas, era azul escura e possuía (no interior) vários paineis eletrónicos e botões, sem esqueçer as folhas de papel (e da árvore) espalhadas por todo o lado graças à "cuidadosa" e "suave" aterragem.
Tsurumaru decidiu voltar para a casa que os dois amigos tinham alugado na aldeia e dormir um pouco...
Ehiachi, que observou o seu companheiro dos arbustos, entrou na máquina do tempo.

-(Sempre quis exprimentar isto...) - pensou Ehiachi ao carregar num dos intermináveis botões da máquina.

- «Coordenadas aceites. Ativar buraco dimensional» - disse o sistema de voz da máquina.

- Ups... - foi a última palavra do nosso herói antes de ser lançado numa viagem no tempo...


...

Ehiachi acordou. O céu estava cinzento. Onde estaría? Ouviu uns gritos e decidiu seguir a voz.
Deparou-se com um conjunto de cavaleiros medievais a atacar uma jovem (de, provavelmente, 16 anos) que empunhava um bastão. Ehiachi aproximou-se devagar. Os cavaleiros pareciam querer matar a rapariga e não parecia fácil vencê-los a todos sozinha. De repente, o nosso herói ficou boqueaberto: a rapariga gritou "-Shô, Tchú, Djin - Honō supirichuarumajikku: Bakuhatsu" e os seus adversários foram aterrados por uma explosão de fogo!
Depois de dar aquele "golpe" nos seus opusitores, a jovem desmaiou. Ehiachi agarrou a jovem e levou-a para a máquina do tempo.
Depois de "milhares de anos" a ler instruções, Ehiachi conseguiu voltar à floresta donde tinha vindo...

...

Por seu lado, Tsurumaru, após a sua longa soneca, decidiu ir ter com o seu pequeno amigo, Yashimaru para treinarem uns golpes.
Yashimaru estava feliz enquanto treinava, mas o pacífico Tsurumaru não estava muito contente...
No final do treino, o nosso herói levou Yashimaru de volta ao orfanato e foi dar um passeio.
Estranhamente, à sua frente apareceu um homem, com um rabo de cavalo, óculos escuros, uma jaqueta negra e um ar de pessoa importante. O homem desafiou Tsurumaru para um combate no dia seguinte às 16:00, mas antes que o nosso herói o pudesse contraiar, o homem misterioso desapareceu com a ajuda de uma bomba de fumo. Tsurumaru, que tinha o sitema respiratório "muito frágil" desmaiou ao cheirar o fumo.

[align=center]...

Quando o nosso herói acordou, estava em sua casa. Era acolhedora, tinha 2 camas, 1 sofá, uma cozinha, uma casa de banho e era pintada de amarelo. Na outra cama (a de Ehiachi) estava a jovem desconhecida.
Ehiachi estava deitado a descontrair no sofá a ler um livro que encontrou na biblioteca da aldeia. O livro chamava-se, nada mais nada menos do que "O meu caminho..."




CAPÍTULO 3 - Combate a fingir

- Que livro é esse? E quem é esta mulher? - perguntou Tsurumaru a Ehiachi.

- Sei lá! É gira, é amiga! (Esta última frase é a regra número 1 do "Código de Ehiachi" Very Happy)

- Estes são os menores dos meus problemas! Acabei de ser desafiado para um combate e ainda não percebi porquê... - berrou Tsurumaru.

- Se quiseres vou eu no teu lugar, cromo... - declarou Ehiachi.

- Isso era ridículo! Não posso fazer batota!

- É com batota que os fracos se tornam fortes! (Regra número 2 do "Código de Ehiachi")

- Que ideia estúpida! - gritou de novo Tsurumaru.


De repente, e devagarinho, a rapariga acordou.

- Quem ès tu? - perguntou Ehiachi.

- Não me lembro... - respondeu a rapariga.

- Excelente! Nem sabe o seu próprio nome! - comentou Tsurumaru.

- Esse livro... isso é um livro sobre magia? - interrogou a rapariga.

- Sim... e então? - respondeu Ehiachi, comfuso com a pergunta.

- Isso é uma arte proibida! Mas, já que o leste, vou explicar tudo:

"A Magia é uma arte ancestral praticada pelos lendários Feitiçeiros, entre os quais os melhores se chamavam Sábios.
A Magia que utilizei para matar aqueles cavaleiros chamava-se: "Magia Espiritual das Chamas - Explosão". Existem 5 tipos de Magia: Espiritual, Celeste, Negra, Demoníaca e Divina. O tipo de Magia utilizado não determina a personalidade do usuário, mas pode alterá-la.
Para ativar a Magia tem de se dizer o nome da magia em japonês, a língua dos grandes Sábios, antecipado de algumas palavras mágicas.
Existem 5 palavras mágicas, cada uma ativa um nível diferente de magia. Quanto mais palavras, maior é a potencia e o dano colateral causado pela Magia ao usuário. As palavras são: nível 1 - Shô, nível 2 - Tchú, nível 3 - Djin, nível 4 - Souh e nível 5 - Shi."

- Podias ensinar-nos essa "Magia"? - perguntou curioso o nosso Tsurumaru.

- Entre os Sábios, a "Magia" é chamada de "Mhagyah"! Podes utilizar o termo "Magia", mas, eu quando for Sábia não deixarei os meus alunos utilizar esses "dialetosinhos" ridículos!

- Isso é um sim? - perguntou Ehiachi.

- Claro! - respondeu a rapariga - podem tratar-me por Mhagyah.


...

No dia seguinte, às 16:00 horas, estava uma tarde incrível. O Sol estava forte e o seu estava alaranjado enquanto as flores de cerejeira caíam dos seus tronos de madeira.
O homem misterioso estava à espera de Tsurumaru que chegou com um novo visual: uma jaqueta negra, óculos escuros, botas e luvas (sem dedos). Parecia estar pronto para o combate e parecia estar muito confiante.
A luta começou:

TSURUMARU- Vou-te demonstrar que não devias de me ter desafiado!

(O seu adversário não respondeu. Tsurumaru lançou-se a ele com toda a velocidade desferido-lhe um murro certeiro na barriga)

TSURUMARU- Shô! Supirichuarumajikku - 12 hittobea!

(Tsurumaru desferiu 12 golpes certeiros no seu adversário com toda a força: uma palmada descendente na cabeça, um uppercut na barriga, um pontapé circular na face, 4 murros na cara, um pontapé frontal no esterno, 1 pontapé nas pernas fazendo o inimigo cair, 2 murros na face e um pontapé descendente no esterno)

HOMEM MISTERIOSO- Errado! Falhaste o alvo amiguinho...

TSURUMARU- O que...

HOMEM MISTERIOSO- Shô, Tchú! Akuma no yōna majikku - furi no iryūjonbatoru!

(De repente o mundo à volta de Tsurumaru mudou e o seu inimigo estava atrás dele, com uma faca, prestes a espetá-lo...)




CAPÍTULO 4 - Ilusão ou Realidade?

(De repente, antes do segundo em que Tsurumaru iria ser brutalmente esfaquiado pelas costas, o homem misterioso fora brutalmente assombrado por uma "esfera de chamas" fazendo-o arder)

TSURUMARU- Obrigado Ehiachi! Devo-te uma.

EHIACHI- Sempre às ordens cromo!

(O homem, ao rolar no chão repetidas vezes, apagou o fogo e levantou-se)

HOMEM MISTERIOSO- Está na altura de revelação: sou Kurosuki, professor de "magia de defesa pessoal" do Yashimaru e diretor da conceituada "Academia das Artes Obscuras"...

TSURUMARU- Mas que raio de escola é essa?

KUROSUKI- Uma das 2 grandes escolas do Japão onde se ensina magia Negra e Demoníaca aos alunos para se defenderem. Sou mestre nesse tipo de magias. Não vou deixar o meu aluno treinar com um novato cropolento como você, senhor "Zashifófú".

TSURUMARU- É Tsu-ru-ma-ru! Tudo isto por causa disso?..

EHIACHI- Desafio-o! Eu e o meu colega contra o senhor professor! Alinha "prof"?

KUROSUKI- Eu contra dois novatos... Aceito! Espero é que não estrague a minha reputação...

EHIACHI- Acredite que não estraga! Sem armas! Vamos!

(Ehiachi saltou por cima do seu companheiro e desferiu um golpe contra Kurosuki que se desfez em pétalas de rosa)

TSURUMARU- Atrás de ti!

(Tsurumaru lançou um potente pontapé contra o seu inimigo, mas parecia ser só outro múltiplo de pétalas)

EHIACHI- Olha!

(Os 2 colegas foram circundados por um bando de morcegos vindo do solo, a partir do sangue derramado pelo professor)

EHIACHI- Eu trato disto! Vou mostrar-vos o que é uma magia de alto nível! Shô, Tchú, Djin! Burakku majikku: Burūfureimu!

(Nesse mesmo segundo, apenas se via uma explosão de chamas azuis que incinerou os morcegos. Ehiachi foicou com falta de ar e a respiração muito rápida, mas, mesmo assim, não estava a sofrer muito. O professor apareceu de repente atrás dos 2 amigos)

KUROSUKI- Shô, Tchú, Djin, Souh! Akuma majikku: Za· Riaru· iryūjon - jigoku!

TSURUMARU- Isto não é possível!

(Os dois amigos estavam no Inferno)

TSURUMARU- Não pode ser...

(De repente tudo voltou ao normal. Quando deu por si, Tsurumaru estava deitado no chão do local onde tinham começado mas com Ehiachi deitado ao seu lado e Kurosuki desmaiado mesmo à sua frente. O combate havia terminado!)





CAPÍTULO 6 - O Poder do Faiakage

Tsurumaru, caído no escarpado e duro chão da aldeia, olhou por entre os fumos obscuros. O nosso herói enxergou (provavelmente) um ser humano. Parecia um elefante de tamanho médio ou 2 Tsurumarus (1 em cima do outro). Era um homem "super-gordo" que havia rebentado com a porta. Era todo tatuado com estranhas tatuagens e vestia uma armadura de samurai.

(O homem lançou-se a Tsurumaru como um rinoceronte enfurecido, mas o nosso herói desviou facilmente o golpe. O homem bateu com os pés no chão 2 vezes, uma com o direito e outra com o esquerdo. De seguida fechou os olhos, abriu a boca o mais que conseguiu e gritou com a sua voz rouca)

HOMEM- Shô, Tchú, Djin! Majikkuseresute - sakushon jigen!

(A boca do homem havia-se transformado numa espécie de buraco negro e estava a sugar tudo o que havia ali. Tudo o que era sugado cabia perfeitamente na boca do homem porque parecia que a magia modificava o tamanho dos objetos. Tsurumaru foi sugado e seguia, sem conseguir parar, em direção à boca do seu adversário)

TSURUMARU- Shô, Tchú, Djin! Majikkuseresute - saigo no sukui!

(Tsurumaru desapareceu num vortéx de luz e reapareceu atrás do seu enimigo. Cansado, o nosso herói usou todas as suas forças para dar um último murro ao seu adversário)

TSURUMARU- Morre!

(Nada aconteceu. O homem não havia sofrido nenhum dano e Tsurumaru desmaiou. O homem aproximou-se de Tsurumaru quando...)

VOZ- Espera!

(Atrás do homem estava outro homem. Parecia um hippie vestido com uma jaqueta branca)

HIPPIE- Shô, Tchú, Djin! Majikku tengoku - saihyō-sen!

(O gordo ficou congelado e o combate terminou.)


O hippie aproximou-se de Tsurumaru e disse:

- Shô! Majikku tengoku - hī ringu reberu1! - ao ativar a magia e batendo as palmas das mãos uma na outra, o hippie tocou com um dedo em Tsurumaru curando-o e acordando-o.

- O que se passa? Quem é você? - perguntou Tsurumaru.

- O guardião do estilo, a besta das cuecas brancas e o mestre do cabelo masculino: o grandioso Faiakage da Vila Oculta do Fogo! - respondeu o hippie, gritando.

Tsurumaru levantou-se e reparou que o gorducho havia deixado cair um pergaminho vermelho. O pergaminho dizia por fora: "Propriedade privada do Kamikage, mestre da nossa aldeia!"
Tsurumaru abriu o pergaminho e, de repente, num feixe de luz, no lugar de Tsurumaru estava agora... a lendária Phoenix de 5 Caudas!




CAPÍTULO 7 - O Renascer

O grande herói de inúmeras batalhas (Faiakage) estava boquiaberto perante o gigantesco e terrível monstro de 30 metros de altura!
Foi neste momento que um ser misterioso coberto por um manto negro como o céu noturno entra em cena! O misterioso guerreiro apareceu na ação da nossa história voando pelos céus da aldeia e pousando em cima do telhado do palácio do Faiakage. A residência do nosso amigo hippie era luxuosa (para aquela época. Era feita dos melhores materiais vindos das minas da Vila Oculta da Terra, tinha um telhado clássico japonês, várias marcas japonesas inscritas nas paredes, 3 andares e um portão gigantesco protegido por 2 guardas (ao portão) mas também haviam 3 guardas numa torre de vigia feita de madeira e que estava presa ao palácio.
Do telhado, o guerreiro do manto analisava a criatura: era vermelha como as chamas, tinha tatuagens amarelas a cobrir-lhe o corpo, 5 caudas cobertas de penugem vermelha, era muito musculada e tinha olhos de serpente. O estranho herói estava todo tapado pelo manto, mas conseguia-se detetar os seus olhos brilhantes por baixo do capucho. O guerreiro mostrou o seu braço direito. O braço era demoníaco! Era vermelho cor de sangue e parecia ser mesmo feito de feridas humanas e cicatrizes incuráveis pelo tempo. De seguida, com uma voz monstruosa, citou:

- Shô, Tchú! Akuma no mahō - rosutosouru no kama o shōkan!

E, na sua mão decrepita, apareceu, numa nuvem de fumo e relâmpagos negros, uma foice feita de ossos. A foice era composta por uma coluna vertebral de um demónio ancestral e por um crânio humano na extremidade superior, onde através da abertura dos maxilares do crânio, estava a lâmina arroxeada e flamejante (provavelmente por estar amaldiçoada).
Após ter invocado a sua arma o guerreiro debateu-se contra o monstro...

(O guerreiro acertou em cheio no peito da Phoenix, mas esta demonstrou-se indolor. Após mais meia dúzia de golpes, o lutador não desistiu de atacar)

GUERREIRO MISTERIOSO- Shô! Akuma no mahō - shinigami no sen to tansho!

(A foice ativou-se libertando da sua lâmina uma chama arroxeada. Após utilizar a magia, o herói golpeou milhares de vezes a Phoenix. Mas, por azar, a voz interior, feminina e poderosa da Phoenix fez-se ouvir)

PHOENIX- Supirichuarumajikku - jigoku no honō!

(Do bico da Phoenix saíram chamas abrasadoras! O guerreiro teletransportou-se para trás da Phoenix)

GUERREIRO MISTERIOSO- (Ela pode fazer magia sem usar palavras mágicas... impressionante...)

NINJA VIGIA DA ALDEIA- Ao ataque!

(Ao ouvirem este som, milhares de guerreiros lançaram-se à grandiosa besta. Esta derrotou-os a todos apenas com o seu canto melodioso)

PHOENIX- Majikku tengoku - utau ningyo!

(Era um canto assustador! Todos os ninjas que ouviram a doce música da Phoenix estavam agora a suicidar-se de variadas maneiras! Esta magia celestial parecia não sortir efeito no misterioso guerreiro)

FAIAKAGE- Não desistam! Continuem ao ataque!

(Os bravos ninjas da aldeia, os que sobreviveram, continuaram o ataque mas a Phoenix repeliu-os a todos)

GUERREIRO MISTERIOSO- (Estes humanos...)

(O Faiakage avistou o estranho guerreiro a esvoaçar nos céus e ordenou, aos poucos homens que lhe sobraram, para pararem e assistirem)

GUERREIRO MISTERIOSO- (Que comece a festa...) Shô, Tchú, Djin, Souh! Akuma no yōna majikku - kuso!

(Após citar as palavras mágicas, o guerreiro uniu as palmas das mãos e tocou com elas na enorme besta. A Phoenix rugiu e, ao mínimo toque do estranho lutador, uma explosão cobriu a Phoenix, destruindo a aldeia inteira com as chamas)


...

Passados 3 anos, Tsurumaru acordou...








SAGA 2 - L`HATTARI


Introdução

Thomson George Mark Ans Grimmster era o seu nome completo. A sua alcunha pessoal: "The Bluffer" ou o lendário "Hattari".
Thomson é e sempre fora o melhor jogador de Poker da costa Oeste de Itália. Jogava todos os dias, 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias e 6 horas por mês. Já havia passado por 12 países diferentes, 7 no Hemisfério Norte e 5 no Sul.
O jovem cheio de riqueza e de 20 anos adorava a sua vida! Havia nascido numa família rica e que comanda umas quantas aldeias em Itália. O seu avô fora inglês e o seu avô americano. Por causa disso, Thomson sabia falar inglês e Italiano na perfeição. Era magro, com cabelo castanho e uns poderosos olhos azuis. Era um homem que adorava smokings de todas as formas e feitios.
O seu emprego era, basicamente, vencer grandes jogos e campeonatos em vários países diferentes. Estava a 4 horas de iniciar o seu último torneio de Poker do ano na sua terra natal: Itália.

-Grimmster Signore! Il torneo sta per iniziare! - disse um empregado que entrara de rompante no quarto de Thomson sem avisar, interrompendo-lhe os pensamentos. Thomson respondeu:

-Io Clevonce! Preparare la mia sedia al tavolo!

O italiano Clevonce parecia um palhaço a andar. Um daqueles palhaços que tropeçam em todo o lado. Era jovem e despenteado e não parecia ser muito inteligente. Acompanhou Thomson até à sua cadeira na mesa. Estavam lá sentados mais 3 poderosos senhores de Itália. Eram 4 jogadores na mesa. Todos pareciam temer Thomson. A primeira ronda começou:

THOMSON- Um rei e uma dama... isto vai ser interessante...

(Distribuiu uns olhares aos seus adversários. Pareciam estar todos confiantes quanto ao seu jogo)

CAVENDISH- All-in!

(Cavendish era o rival de Thomson. Ambos tinham o mesmo lugar no ranking mundial mas não pareciam estar contentes por isso. Cavendish apostou tudo o que tinha. Os outros 2 jogadores fizeram o mesmo. Revelaram as cartas)

CAVENDISH- Não pode ser...

THOMSON- Mas é...

(Um "Royal Flush"! O jogo estava ganho)

CLEVONCE- Il vincitore è il signor Grimmster!!!


Thomson já sabia que iria ganhar!
O vazio e o silêncio instalou-se na sala. Thomson, Cavendish e Clevonce haviam desaparecido da sala sem vestígios da sua fuga.
Num local escuro do globo alguém sorriu e comentou perante a situação:

-Finalmente chegou o dia... o dia de Hattari!!!

...

Thomson acordou. Os 3 homens encontravam-se agora num local estranho onde o seu era escuro e a terra também. Thomson avançou deixando para trás os outros 2. Estavam num desfiladeiro! Thomson observou o horizonte: uma aldeia destruída por uma explosão!...




CAPÍTULO 1 - Selo, poder, maldição...

Thomson deixou aquela visão aterradora da aldeia e concentrou a sua atenção nos seus 2 companheiros.

-Estão bem, rapazes? - perguntou Thomson, um pouco enojado em relação ao seu rival Cavendish.

-No, signore! Mi fa male la testa... - respondeu o empregado Clevonce, falando italiano.

-Non puoi parlare un'altra lingua? - perguntou-lhe Thomson na língua do jovem.

-Je peux parler en français... - respondeu Clevonce, agora em francês.

-Pouvez-vous parler le portugais? Vous ne pouvez pas parler à l'instar des lecteurs et ne comprennent pas sans traducteur... - interrogou Thomson.

-Clarro! - exclamou Clevonce com o seu sotaque estrangeiro.

-"Cavendidy"! Sentes te bem? - gozou Thomson. Ele adorava gozar com o seu rival.

-Claro... - afirmou Cavendish, levantando-se e limpando o pó da sua roupa, que provavelmente custara um balúrdio.

Thomson e Cavendish desviaram agora os seus olhares para o empregado. Havia-se transformado num verdadeiro palhaço! Tinha a face pintada de branco, o cabelo despenteado (como sempre) e verde e o nariz redondo e pintado de vermelho!

-C'est impossible! - gritou Clevonce olhando para si mesmo - Que é isto mon frère?

Cavendish odiava ouvi-lo a falar francês e, para ele se calar, deu-lhe um soco no meio do nariz. Thomson agarrou o seu rival de modo a impedi-lo de continuar a atacar o palhaço.

-Temos de trabalhar juntos! Encontrei uma aldeia perto daqui! Vamos pedir ajuda! - afirmou Thomson sentindo-se agora o líder do grupo.

-Tudo bem! - disse Cavendish libertando-se dos braços de Thomson.

-Lá vamos nós... - suspirou o maltratado Clevonce.

Os 3 homens desceram o desfiladeiro e entraram na aldeia. Estava toda destruída e queimada. Os sobreviventes da possível explosão estavam agora a viver em tendas militares que residiam no centro dos destroços da aldeia.
Os companheiros foram obrigados a parar por um homem de espada e camuflado. Devia ser um militar! Antes de ouvir os companheiros, o militar ordenou, apontando-lhes a sua arma:

-Avancem!

Os 3 homens não interferiram com a ordem e seguiram o caminho que o guarda lhes ordenou...

...

Tsurumaru abriu os olhos. Estava deitado numa cama de uma tenda militar. Ao seu lado estava um estranho militar, adulto, musculado, de cabelos brancos e com uma cicatriz por cima do olho esquerdo. Do outro lado estava Wutsuruki, o chefe médico da aldeia e Ehiachi, encostado à porta com ar de desprezo.
Tsurumaru levantou-se com a ajuda do médico. O militar disse-lhe:

-Sou Ryozaki! O chefe militar da aldeia do fogo! Não te quero assustar mas destruís-te a aldeia inteira.

Tsurumaru engoliu em seco. Havia sido acusado de ter destruído uma aldeia e a maior parte dos seus habitantes. O jovem ficou enraivecido.
De repente, Tsurumaru começou a ficar com o corpo a arder! Ryozaki e Wutsuruki conseguiram, com dificuldade, apagar as chamas que cobriam o jovem. Ehiachi não se mexeu.
Tsurumaru olhou para si: tinha uma marca em forma de "X" na testa, estava mais magro e tinha a pele vermelha!
[/module]



[module title=CAPÍTULO 2 - O palhaço, o anjo e o demónio footer=L`HATTARI]
Tsurumaru estava petrificado perante os seus companheiros. Estes apresentavam-se de boca aberta sem saberem o que fazer perante aquela mágica situação. De repente, os olhos de Ehiachi, Ryozaki e Wutsuruki apenar viam escuridão. Quando voltaram a si o "rapaz vermelho" (Tsurumaru) havia desaparecido sem deixar rasto.

...

Por seu lado, Thomson não estava muito feliz com a sua situação. O guarda encaminhou-os pelos caminhos de pedra da aldeia. Da explosão apenas restaram alguns pedaços de madeira (que, em vida, já foram de casas) e de metais que estavam espalhados pelo chão. A população sobrevivente vivia em tendas militares disponibilizadas pelo Faiakage. O céu estava bastante escuro e poluído devido ao grande desastre, e pouca água (da que estava armazenada) era potável e ainda menos era a que estava disponível para baixos estratos sociais.
Thomson, Cavendish e o palhaço Clevonce avançaram pela ponta da lança do guarda que os encaminhava pelas ruas. Era um guarda velho mas com uma boa estatura muscular. Chegaram a uma tenda militar das mais bem conservadas. Deveria ser de alguém importante. Entraram e avistaram 4 guardas parecidos com o outro (pois vestiam as mesmas armaduras vermelhas) e um homem sentado numa espécie de almofada. Era um homem estranho vestido de hippie.

-Olá irmãos e... palhaço! O que posso fazer por vocês? - perguntou o hippie Faiakage, mestre supremo da Vila Oculta do Fogo. Clevonce não demonstrou desprezo pela pergunta e deixou o hippie continuar o seu discurso - Paz e amor!

Estranhamente, um feixe de luz formou-se na tenda e Cavendish desapareceu. Os guardas procuraram por dentro e por fora da tenda mas não encontraram vestígios do desaparecido. Thomson disse baixinho para o seu companheiro Clevonce:

-Eu sinto-o! Ele está dentro de mim!

O Faiakage demonstrou uma cara séria e pediu aos guardas para levarem Clevonce para a "tenda-prisão" da "aldeia" para conversar a sós com Thomson. O nobre começou por citar:

-"Do bem nasce o mal e do mal morre o bem: é assim formado o equilíbrio. Opostos mais opostos juntos no fundo do vazio do Universo". Esta é uma frase do trabalho de um antigo profeta do qual tive a sorte de estudar. Esta é a tua nova definição. Que interessante...

Thomson ficou sem palavras. Ele e Cavendish eram agora um só. Thomson representava o lado bom e Cavendish o mau.

-O que significa isto? - perguntou o confuso herói ao Faiakage.

-Tu... e ele ganharam a habilidade de mudarem de personalidade sempre que quiserem. Se quiseres, podes passar o controlo do teu corpo ao teu companheiro! Não é fascinante?

-Suponho que não... - sussurrou Thomson a pensar na ideia de dividir corpo e alma com o seu rival.

-Agora as vossas almas estão unidas.

Thomson ficou furioso e o seu corpo metamorfoseou-se no de Cavendish.

-Está a dizer que... não me digam que... - disse Cavendish olhando para si - Se estamos a partilhar o corpo como é que isto pode ser bom?

O Faiakage respondeu:
-Basicamente, segundo a lenda, cada um de vocês possui a habilidade de controlar as respetivas magias proibidas do bem e do mal. Tu, Cavendish, dominas a magia do mal. Está escondida no interior do vosso cérebro e, no momento certo, lembrar-te-as de como a utilizar. O Thomson, pelo contrário, domina a magia do bem.

Cavendish acalmou-se e voltou ao Thomson, perguntando:
-Como é que o senhor sabe tanto?

-Paz e amor, rapazes! Já disse que estudei... - respondeu o hippie, amigavelmente.

...

Clevonce foi levado para a tenda-prisão. Era uma tenda normal e gasta com uma entrada guardada por 2 guardas incrivelmente musculados.
Passou o dia e chegou a noite. O palhaço estava com frio e com fome. Depois, gritou para si mesmo:

-Quero sair daqui! Akuma no yōna majikku - esukēpu tanoshī!

O jovem não reconheceu aquelas palavras, mas quando reparou estava fora da tenda, em frente aos 2 guardas que prepararam as lanças.

-Não me batam, não me batam! - gritou ajoelhando-se - Akuma no yōna majikku - zan'nin chōshō!

De repente, os 2 guardas estavam a agarrar num pacote de chocolates em forma de coração, estavam vestidos com roupa interior feminina e tinha orelhas de coelho falsas.
Ao fazer estas estranhas magias que lhe saiam da cabeça como se as soubesse desde criança, correu rapidamente para procurar os seus dois companheiros pela pequena e arruinada aldeia.




CAPÍTULO 3 - O poder da palhaçada

Já era noite e Clevonce corria pelas ruínas da aldeia procurando o local onde estavam os seus companheiros. O seu fato de palhaço era bastante colorido e não faltava um nariz vermelho para o completar.

-Akuma no yōna majikku - hazumu bōru!!!

Por baixo das sua nádegas, uma bola do tamanho de Clevonce apareceu subitamente. Era uma bola que servia bastante bem para saltitar e que o ajudaria certamente a mover-se mais depressa.

-Saiam da frente meninas!!! - gritava Clevonce, dirigindo-se para os habitantes da aldeia ainda acordados - Vai passar o boss dos Cowboys!!!

Uma mulher, um velhote e um homem - 3 vítimas da brincadeira do palhaço. Clevonce saltitava até, sem querer, ter saltado da bola e sido projetado em direção a uma tenda desconhecida. Lá dentro, uma mulher gritou:

-Sai daqui seu atrevido! - e Clevonce foi projetado de novo devido ao "super-ataque" de uma jovem que estava a dormir.

[align=center]...[/align]

Passadas umas quantas horas a ser projetado de tendas, Clevonce conseguiu aterrar no seu destino: a tenda do Faiakage, líder da aldeia. Vendo Thomson ali sentado em frente ao hippie, o palhaço exclamou feliz:

-Ma friend!!! - beijando Thomson um trilião de vezes - Como tens passado?

Thomson retomou à forma de Cavendish, gritando furioso:

-Seu palhaço... só quero sair daqui e beber umas cervejas! Porque é que ainda estás vivo?

-No problemo... - retorquiu Clevonce - Akuma no yōna majikku - majikku shutsuen!

Uma nuvem de fumo cor de rosa irrompeu a tenda sendo depois substituído (o fumo) pela máquina do tempo de Tsurumaru e de Ehiachi, tendo a sua aparição destruído a tenda do homem mais poderoso da aldeia. O Faiakage sussurrou:

-Ele fez magia sem dizer as palavras mágicas necessárias... impressionante...

-Onde arranjaste esta tralha! - gritou de novo Clevonce.

-Sei lá! - respondeu o palhaço - Foi a primeira coisa que apareceu como "bilhete de fuga"... e isso é que interessa.

Cavendish e Clevonce entraram na máquina no momento em que um exército de guardas apareceu. Cavendish imperava:

-Tira-nos deste inferno!

Clevonce carregou nuns quantos botões à sorte e uma voz mecanizada anunciou:

-[Sequência de fuga por GPS ativada]

-Qu`é isto??? - perguntou Cavendish voltando à forma de Thomson.

[align=center]...[/align]

Tsurumaru acordou nos braços de um ser oculto num manto negro (o mesmo que selou a Phoenix). Iam a alta velocidade pela floresta sombria e obscura que envolvia as ruínas da aldeia e a serem perseguidos por Ehiachi, Ryozaki e Wutsuruki (agora acompanhados por Mhagyah, que havia acabado de os encontrar pelo caminho e que havia sido acordada pela correria de alguém/Clevonce pela cidade). Tsurumaru estava atordoado e não se conseguia mover ou defender-se do rapto que lhe estava a ocorrer. Subitamente, a máquina do tempo apareceu em frente do raptor e do raptado. A entrada abriu-se revelando um estranho palhaço que gritou:

-Boa noite meninas! - ao ver os 4 guerreiros a correrem ao longe e a olhar diretamente para a rapariga de ceptro (Mhagyah), Clevonce, o palhaço, continuou o seu discurso endiabrado - Primeiro as senhoras! Akuma no yōna majikku - nigeru, nigeru!

As nádegas do homem de negro começaram a ferver revelando uma chama e obrigando-o a largar Tsurumaru que caiu nos braços do palhaço que continuou a gritar, agora que todos estavam perto:

-Entrem antes que os nossos perseguidores/soldados cheguem!

Ehiachi, Mhagyha e o fraco Tsurumaru entraram na máquina enquanto Ryozaki e Wutsuruki prendiam o homem de negro, preparando-se para o levar em direção à aldeia. Ouviam-se os passos dos soldados do Faiakage a dirigirem-se para aquele local.

-O que é que estão a fazer com a minha máquina? - perguntou Ehiachi, dando um soco na face de Clevonce - Como foram salvos e nos salvaram, agora estamos quites, não acham?

-Nós vamos prendê-lo... fujam! - gritou Wutsuruki.

Ao ser fechada a entrada da máquina, o palhaço decidiu sentar-se a descansar em cima dos comandos da máquina. Quando um dos botões foi ativado pelo movimento do seu traseiro, a voz mecanizada interrompeu o descanso de todos, dizendo:

-[Fuga de emergência ativada]

-Ups... - sussurrou Clevonce.

Numa velocidade mais rápida do que a luz, a máquina desapareceu daquela época temporal...





CAPÍTULO 4 - Por Khnumblaka!

Ouviu-se um estrondo. Ehiachi moveu-se pela máquina e socou a cara do seu companheiro Tsurumaru, ordenando-lhe:

-Ei! Nerd avermelhado! Sim tu! Levanta-te e vai ver onde estamos!

Tsurumaru levantou-se devagar. Já estava demasiado habituado aos insultos do seu impiedoso companheiro para se poder queixar. Aproximou-se do coordenador de fluxo, um pequeno computador que se situava ao lado do ecrã que apresentava o mapa inter-temporal e o mapa inter-dimensional. Clicou num pequeno botão azul e as imagens dos mapas transformaram-se num holograma em 3D. Ehiachi e Mhagyah não estavam nada impressionados mas Clevonce e Thomson apenas ficavam petrificados e de boca aberta. O jovem vermelho citou o que estava escrito no coordenador de fluxo:

-Coordenadas B15 do quadrante Zeta, setor Alpha. - Analisou depois as imagens em 3D e continuou - Sistema Solar na galáxia Via Láctea. Familiar? Não, porque estamos no ano 5974 e num asteróide que anda à deriva em direção ao Sol!

Clevonce começou a correr pela máquina numa tremenda correria de medo deitando computadores, fios e objetos de trabalho em direção ao chão. Thomson sentiu uma forte necessidade de realizar o que fora a sua próxima ação: voltou à forma de Cavendish e socou a cara do palhaço enquanto este corria. Clevonce desmaiou no chão da máquina enquanto Cavendish e Mhagyah riam sem parar. Tsurumaru interrompeu aquela pequena felicidade, dizendo:

-Nós os dois, eu e o Ehiachi, vamos lá para fora. Vocês fiquem aqui!

Cavendish não tinha vontade nenhuma de sair e por isso decidiu ficar na máquina a vigiar o palhaço.

-Nós vamos conseguir respirar lá fora? - perguntou Ehiachi.

-Sim! A D.U.C.K. detetou uma estranha "atmosfera artificial" neste asteróide. Ela levou-nos para aqui como uma "estratégia de fuga"...

-Porque é que lhe chamas D.U.C.K.?

-D.U.C.K. = Dispositivo de Unidade Computadorizada Knorr!

-Porquê "Knorr"?

-A base da energia principal da máquina é composta por caldos da marca Knorr. D, U, C e K fazem uma sigla com estilo!

Ehiachi não respondeu e continuaram a caminhar pelo rochoso asteróide. No céu era possível ver inúmeros planetas e até o Sol, mas não se conseguia observar a Terra. Tsurumaru citou uma estranha frase:

-Quantas patas têm as 10 patas se tiverem um pai pato e duas mães patas cada uma com 2 patas a contar com as de trás? Resposta: a situação é cientificamente impossível!

De repente, na cara de Tsurumaru apareceram uns óculos escuros. Ehiachi perguntou:

-Que óculos são esses?

-D.O.O.M.I.E.S. = Dispositivos Oculares Omnipresentes e Mecanizados Inteligentemente e Especialmente para Segurança.

-E para que servem essas coisas?

-A D.U.C.K. tele-transporta-me estes óculos para a cara sempre que eu disser aquela frase. Eles têm uma base de dados básica e detalhada sobre tudo o que vir ou sobre o local onde eu estiver.

A voz mecanizada da D.U.C.K. falava agora pelos D.O.O.M.I.E.S.:

-Localização: Asteróide Garzlax15, coordenadas B15 do quadrante Zeta, setor Alpha do Sistema Solar da Galáxia Via Láctea da primeira dimensão. História: um asteróide colonizada pelos humanos no ano 4367. Após criarem uma atmosfera habitável, descobriram que, misteriosamente, todos os planetas do Sistema Solar estavam a mudar a sua órbita e a movimentarem-se em direção ao Sol. No ano 4924, ao observarem que a Terra ia ser incinerada dentro de poucos dias, tele-transportaram as crianças mais novas e os bebés do planeta em conjunto com mantimentos e alguns materiais para este asteróide de maneira a ser povoado e dar continuidade à raça humana. Agora, os habitantes de Garzlax15 decidiram modificar os seus costumes para costumes mais primitivos e adotaram uma nova religião...

Ehiachi interrompeu:

-Isso já não interessa! Vamos lá é conhecer as nativas...

De repente, Ehiachi calou-se observando 3 guerreiros humanos de lança a apontarem-lhes as armas em forma de ameaça. Um deles aproximou-se dos dois companheiros e gritou sem vergonha:

-Por Khnumblaka!





CAPÍTULO 5 - O mistério do espírito

Os 3 nativos empunhavam as suas lanças sem hesitações e sem medo de ferir alguém. O seu dorso estava nu e ambos (dorso dos homens e as suas lanças) estavam cobertos com runas (na forma de tatuagens) que brilhavam automaticamente de tempos a tempos.
Ehiachi preparava-se para combater enquanto que Tsurumaru, que após a sua transformação sentia-se mais corajoso e diplomático, iniciou uma conversa:

-Khnumbarr, shnurtug! Azontrag def tram qrui salvet. Sqermus gnaf furtetsui.

-O que disseste? - perguntou Ehiachi perante o estranho modo de falar do seu colega.

-Os D.O.O.M.I.E.S. traduzem o que eu ouço e o que eu digo para a linguagem que quiser. Tive sorte porque os óculos têm este dialeto presente na base de dados da D.U.C.K.

-D.U.C.K, D.O.O.M.I.E.S. e qual será o que vem depois?...

-Ativar H.O.L.A.! - gritou o rapaz de pele vermelha.

-"H.O.L.A."?

-"Hologramas Oculares Libertados Automaticamente"!

-Isto vai de mal a pior...

Os nativos aproximaram as suas lanças.

-Mas o que é que lhes disseste?

-Disse: "Olá, nativos! Espero que tudo esteja bem. Somos apenas viajantes."

-E o que é o "H.O.L.A."?

-Já vais ver...

A voz metalica da D.U.C.K. soou outra vez pelos D.O.O.M.I.E.S.:

-[Sequência holográfica ativada. Solicita-se um tema.]

-Imagem 3D da D.U.C.K. - ordenou Tsurumaru.

-[Protocólo 3 - imagem B, a ligar...]

Passados 5 segundos, uma imagem em 3D da máquina do tempo D.U.C.K. apareceu vinda das lentes dos óculos. Assustados, os nativos afastaram-se deixando passar o que parecia ser o líder do grupo. Este começou a falar enquanto a sua língua primitiva era traduzida.

-Bem vindos, viajantes-do-céu. Sou o xamã Grhum e um fiel seguidor de Khnumblaka, o grande Khan!

-Solicito informação.

-[Khnumblaka é um deus da religião Shumakhragpa criada pelos nativos de Garzlax15. Reza a lenda que Khnumblaka, deus supremo do espírito e conhecido por "grande Khan", é considerado o herói que salvou os habitantes da Terra da "destruição suprema" levando os seus espiritos para este asteróide. Ao chegarem a este destino, os espiritos dos terrestres absorveram matéria do corpo do próprio deus tornando-se imortais "em carne e osso". Após salvar os seus subditos, Khnumblaka passou os seus restantes dias na forma de espírito, tornando-se numa atmosfera artificial em volta do asteróide, depois de ter oferecido a sua matéria física num sacrifício pelo bem da humanidade. Contudo, a força do Sol ainda atrai o asteróide. Dentro de poucos dias, Garzlax15 irá ser completamente incinerado pelas chamas.]

O xamã não entendeu aquela língua porque o inteligente Tsurumaru desligou a tradução automaticamenta da voz da D.U.C.K. ao contrário de todos os outros. Todas as vozes eram traduzidas excepto a voz da máquina do tempo. O velho xamã olhou para a imagem holográfica da máquina e comentou:

-A nossa tecnologia é muito melhor que esta... Supirichuarumajikku - honō!!!

A mão de Grhum começou a arder enquanto a imagem 3D se desligava.

-Magia... - disse Ehiachi, espantado com o poder do velho.

-Ele utilizou magia sem citar palavras mágicas! Como fez isso? - perguntou Tsurumaru, bastante intrigado.

-Conhecem a magia... bem, como não perco nada com isso, vou explicar-vos: a magia funciona unindo o vosso espirito, o vosso corpo e o meio ambiente num só. Mas essa união não basta! Quando um ser vivo atinge esse patamar, adquire poderes sobre-humanos mas, para invocar esses poderes para o meio envolvente, precisa de utiliza palavras mágicas ou... de ter outro "combustível" que o ajude...

-"Combustível"!? - exclamaram ambos os rapazes, sem perceberem o significado da palavra.

-Esse combustível apresenta-se como um segundo espírito num só corpo. Eu... sou a reencarnação de Khnumblaka, o grande Khan!

Num ápice, após estas palavras serem proferidas pelo velho xamã, os seus olhos começaram a arder numa chama azul intensa e à sua volta formava-se um incêndio. Os nativos correram dali para fora enquanto os dois rapazes se preparavam para lutar. O velho parecia desesperado. A sua pele começou a cair aos poucos transformando-se em cinzas que evaporavam no ar artificial que a falsa atmosfera proporcionava. Ouviam-se gritos dos nativos e vozes vindas do "além".

-Ehiachi! - gritou Tsurumaru - Prepara-te...

Uma explosão teve inicio no lugar onde o corpo do velho chamã teve fim... e onde o espirito do grande Khan começou a ter inicio...





CAPÍTULO 6 - As chamas de Khnumblaka
O calor abrasador das chamas obrigavam o suor dos nossos heróis a evaporar enquanto estes preparavam a sua posição de combate. A terrível besta que aparecera banhada em fogo era tudo menos humana.
Khnumblaka, deus supremo do espírito, transformara o corpo do xamã em meras cinzas enquanto levitava no ar da falsa atmosfera de Garzlax15. Tinha uma estrutura corporal humana e bem musculada mas a sua face era disforme e monstruosa com dois cornos de bode por cima das orelhas pontiagudas. Esses cornos apenas o tornavam mais majestoso e imponente perante os dois humanos que o acabaram de desafiar.
Ehiachi levantou os punhos ao nível dos seus olhos, sem demonstrar qualquer sinal de medo ou receio, e Tsurumaru deu um passo atrás. A batalha havia começado…

(A voz grave e monstruosa do deus irrompeu pela superfície do asteróide.)

KHNUMBLAKA- Meros mortais não conseguirão vencer o poder das chamas do espírito!

(Tsurumaru estava demasiado assustado para agir. Estava completamente petrificado devido à figura que levitava à sua frente.)

EHIACHI- Vem ter connosco, “cabeça de fósforo”!

(O rapaz de pele vermelha engoliu em seco quando observou o furioso espirito a preparar um ataque como resposta à interrupção do seu companheiro.)

KHNUMBLAKA- Magia Divina: Chamas do Inferno!

EHIACHI- Defende-te!

(O aviso chegou tarde demais. Um anel de fogo apareceu em redor dos dois companheiros. Ehiachi conseguiu esquivar-se das chamas mas o descuidado Tsurumaru não teve assim tanta sorte. Foi totalmente coberto pelo fogo! O rapaz gritava mas não sentia dor.)

TSURUMARU- Ainda estou vivo?

Khnumblaka- Não é possível…

(O rapaz ardia em chamas enquanto se levantava do chão. A sua ira serviu de combustível para o fogo que ardia nos seus olhos. Uma ira flamejante e tão poderosa que ninguém conseguia parar ou obstruir e que fazia com que outra voz falasse através do seu corpo. Uma ira de Phoenix…)

Tsurumaru- Eu sou Kenryoku, espirito da Phoenix! Vais sentir a minha ira queimar os teus pecados!

(O possuído guerreiro uniu os punhos, fechou os olhos e concentrou toda a sua energia elementar nas mãos. Khnumblaka esperou até que o seu oponente se preparasse e sem medo do que viesse dali. A recarga estava terminada.)

Kenryoku- Magia da Phoenix: Chama Destrutiva!

(Abriu os olhos, abriu as mãos e um raio de fogo foi criado com o alvo de acertar no deus do espírito. As palmas das mãos de Tsurumaru/Kenryoku serviram de “nascente” ao raio de fogo. Havia-se tornando numa espécie de “canhão de fogo/humano”! Contudo, como era composto por fogo, Khnumblaka não sofreu nada com o golpe que provavelmente teria incinerado qualquer outro ser vivo. Mas o deus do espírito não era um ser vivo.)

Khnumblaka- Qual é a tua maior fraqueza, jovem mortal? Já sei! Vamos testar… Magia Demoníaca: Ignição!

(E, após se ouvirem estas palavras, o corpo de Ehiachi entrou em combustão. Os gritos do rapaz dispersavam-se no ar enquanto o seu corpo se metamorfoseava em cinzas.)






CAPÍTULO 7 - Fogo VS Fogo

Ehiachi acabara de morrer. Lágrimas nasciam dos olhos do nosso herói mas estas evaporavam quase automaticamente devido ao calor intenso. A sua ira ardia quanto as chamas que lhe cobriam o corpo. Contudo, a batalha continuava sem cessar.

(O jovem humano ficou petrificado durante algum tempo. Khnumblaka riu-se e aproveitou-se do momento.)

KHNUMBLAKA- Magia Divina: Pilar Flamejante!

(Tsurumaru acordou da sua “paralisia temporária” e, por sorte, conseguiu esquivar-se rapidamente do pilar de fogo que acabara de aparecer no lugar onde se encontrava antes da esquiva.)

KHNUMBLAKA- Magia Divina: Sopro do Diabo!

(Da boca do espírito saíram grandes vagas de fogo. Tsurumaru concentrou a sua energia e concentração nas pernas, tendo dado um grande salto que lhe permitiu escapar ao golpe que acabara de transformar Khnumblaka numa espécie de “dragão lança-chamas”. O calor era completamente insuportável. Ambos os combatentes utilizavam o elemento fogo para lutar e isso notava-se bem naquele momento. Um ser humano normal iria desmaiar com o calor. A única diferença era que Tsurumaru já não se considerava um humano…)

TSURUMARU/KENRYOKU- Magia da Phoenix: Golpe Cometa!

(O jovem sentia o espírito da Phoenix a arder no seu coração e a falar pela sua boca. Do ar, o rapaz entrou em combustão r lançou-se contra o seu adversário. Ainda perguntava a si mesmo: “porque é que ele nos atacou? Porque é que ele tinha de matar o Ehiachi? Porque é que eu existo? Porque é que… nós existimos?” Sempre que pensava na palavra “nós” ela ficava colada nos seus pensamentos e a vibrar de segundo a segundo. Esta palavra apenas lhe permitiu abrir os olhos. Esta palavra apenas lhe permitiu acordar. Estava palavra… apenas obrigava a sua raiva a crescer. Quando o seu corpo flamejante entrou em contacto com o corpo espiritual de Khnumblaka, tudo ficou escuro…)

TSURUMARU/KENRYOKU- Onde estás, seu miserável?!

(Nada se via a não ser o negro da mais negra escuridão que o envolvia. Nada se ouvia e nada se conseguia sentir naquele lugar. De súbito, o mundo obscuro foi envolvido por uma luz que fez Tsurumaru cegar por alguns segundos. O flash tornou o negro num puro branco. Toda a escuridão havia desaparecido naquele preciso instante. Depois de esfregar os olhos o mais avidamente possível, Tsurumaru olhou para onde estava. Era um túnel completamente branco.)
TSURUMARU/KENRYOKU- Está aqui alguém?

VOZ- Cromo?

(Uma voz familiar ecoou pelo túnel. Era humana e bastante masculina. Uma silhueta humanóide apareceu no fundo do túnel.)

VOZ- Cromo?!

(Os olhos de Tsurumaru tornaram-se, de novo, na nascente de um rio de lágrimas.)

TSURUMARU- Eh… Ehiachi?

EHIACHI- Cromo! Ajuda-me! Por favor…

(Ele começava a afastar-se como se estivesse a ser levado à força por uma tempestade. O jovem de pele vermelha tentou correr em direcção ao seu amigo mas não se conseguia mexer. Não podia fazer nada para o ajudar. Não podia fazer nada…)

EHIACHI- Cromo! Ajuda-me! Tsurumaru! Ajuda-me…

(Eram poucas as vezes em que Ehiachi tratava o seu melhor amigo por aquele nome. Em redor de Tsurumaru, nas paredes brancas do túnel, apareciam acontecimentos do passado, do presente e do futuro. Guerras, feridos, gritos e famílias destroçadas. Ao ver tamanho terror e destruição e lembrando-se do seu objetivo, Tsurumaru lutou contra o que o impedia de mover. Esforçou-se ao máximo para conseguir sair dali.)

TSURUMARU- Ehiachi!

(As suas pernas já se moviam. Correu desenfreadamente em direcção ao fundo do túnel e ao seu amigo.)

TSURUMARU- Ehiachi!

(A silhueta do rapaz parou de se movimentar e ficou especada no fundo do túnel.)

TSURUMARU- Ehiachi…

(De repente, Tsurumaru tropeçou, caindo nos braços de Ehiachi e começando um abraço que parecia infinito. Era a primeira vez que Tsurumaru observava Ehiachi a chorar.)

EHIACHI- Avança até ao final do teu caminho. Ao final do NOSSO caminho. Fá-lo… por mim e pelos outros.

TSURUMARU- Prometo que o farei… amigo…

(As imagens dos seus companheiros irradiaram os olhos de Tsurumaru. Quando deu por si, estava de volta à realidade, com Khnumblaka no chão (provavelmente ferido devido ao último ataque que o atingiu) e não se conseguiria defender.)

TSURUMARU/KENRYOKU- Magia da Phoenix: Esfera Planetária!

(No céu, uma esfera de fogo e maior que o próprio asteróide, formou-se. Depois, encolheu até ao tamanho de uma formiga, lançando-se depois contra Khnumblaka. O espírito, sem se poder mover ou proteger, explodiu e desintegrou-se no ar.)






CAPÍTULO 8 - O mistério de Ghurm

Khnumblaka foi completamente derrotado, tendo deixado sozinhos Tsurumaru e os destroços da explosão. Pedaços de rochas e rocha queimada cobriam o que antigamente fora o solo do asteróide. O jovem de pele vermelha ainda estava a tentar descobrir como recebera tanto poder até ao momento em que umas rochas (um pouco queimadas e ainda quentes) se começaram a mexer, revelando o xamã Ghurm. Tsurumaru aproximou-se dele e, aproveitando-se da força física que o seu novo e musculado corpo lhe conferira, levantou-o pelo pescoço e ameaçou-o de morte. A raiva e a ira continuavam a arder nos seus olhos. Ghurm estava bastante suado mas não parecia estar cansado ou ferido, excepto pelos arranhões que tinha devido no corpo devido às rochas que o estiveram a cobrir.
-A culpa não foi minha, guerreiro de pele avermelhada. – falou o xamã – Quando me descontrolo acontece isto. É natural…
A expressão casual e insensível do velhote apenas tornavam mais credível o que saia da sua boca.
-“Natural”?! O seu “descontrolo” matou o meu melhor amigo!
-Segundo a religião do meu povo, o teu amigo está agora sob a forma de espírito e com a missão eterna de proteger os seus entes queridos da má sorte.
Tsurumaru largou-o violentamente. Sabia muito bem que aquela conversa não iria dar em nada.
-Espere…
O jovem lembrou-se: se tinha uma máquina do tempo, porque não ir para o passado salvar o Ehiachi? Pela felicidade que o rosto do rapaz recebeu naquele momento, o perspicaz e astuto Ghurm percebeu o que ele estava a pensar e interrompeu o seu pensamento dizendo:
-Miúdo, cada pessoa tem um espírito e cada espírito representa a forma de uma animal que, por sua vez, representa a personalidade da pessoa. O meu espírito é representado por um bode. Como podes ter notado, Khnumblaka uniu-se com o meu espírito.
-Isso explica os cornos… - afirmou Tsurumaru, com um sorriso – o que me impede de salvar o meu amigo?
-Eu! Porque não permitirei que quebres dessa maneira a complexa estrutura do espaço-tempo como se fosse um mero brinquedo para os teus caprichos!
O jovem calou-se, insultado. Sabia que não valia a pena contrariar o velho mas não queria desistir de trazer de volta o seu amigo Ehiachi. Era o seu único amigo. O único que o podia ajudar em momentos tristes e confusos como aquele. A única pessoa em que podia confiar plenamente e sem hesitações.
-Venha comigo… - acabou por dizer.
Ghurm, estupefacto, perguntou simplesmente:
-Porquê?
-Porque o assassino não foste tu e… - fez uma pausa para suspirar – porque podes ajudar-me na minha missão para salvar a raça humana.
O xamã assentiu.
Os dois dirigiram-se até à aldeia dos seguidores de Khnumblaka, calados e sem falarem um com o outro. A aldeia Shumakhragpa era liderada pelo xamã Ghurm que era considerado um deus para os nativos, devido a ser o portador do espírito de Khnumblaka. Os habitantes da cidade apostavam as suas almas em como aquele velho era a única esperança daquela civilização, condenada a extinguir-se no Sol. Os edifícios brilhavam com a mesma luz azulada que as tatuagens dos nativos. Essa luz que brilhava de segundo em segundo, servia também para ajudar os habitantes a contarem o tempo e por isso era o “relógio” de Shumakhragpa. Tinham muitas construções e edifícios monumentais apenas construídos em rocha espacial. A luz azul parecia ser a fonte inesgotável de energia que aquele povo utilizava e provinha do núcleo do asteróide.
Os nativos da cidade acolheram Tsurumaru sem apresentarem qualquer sinal de ressentimento em relação a ele.
-Ghurm… - perguntou ao velho – Porque é que Khnumblaka me… - depois notou o seu erro - nos atacou?
-Khnumblaka controla-se a si mesmo mas partilha os pensamentos comigo! O grande Khan achou que a morte do teu colega faz parte do teu destino e do destino do teu povo.
Estava certamente a falar da Terra e da raça humana.
Tsurumaru havia-se esquecido completamente dos tripulantes que havia deixado na D.U.C.K. e, utilizando os D.O.O.M.I.E.S., decidiu comunicar com eles…

Dentro da D.U.C.K. tudo estava calmo e silencioso. O silêncio arrebatador parecia mais barulhento que um foguetão a descolar. Subitamente, a voz mecânica da máquina fez-se ouvir:
-[Chamada recebida.] – era a frase que repetia, à espera que alguém liga-se o sistema de receção de mensagens holográficas.
O único problema… é que a máquina estava vazia.



Última edição por THARCOSMARU em Ter Abr 16, 2013 12:05 pm, editado 1 vez(es)

2TIME MACHINE  Empty Re: TIME MACHINE Ter Abr 16, 2013 11:57 am

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Anyway, depois leio e dou-te a minha opinião.

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Novato
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Bartowski escreveu:Edita os códigos.
Anyway, depois leio e dou-te a minha opinião.

Tudo bem. Vai dar um pouco de trabalho mas é necessário Very Happy.

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