Prólogo
“Nossa, Nossa, assim você me mata, ai se eu te pego, ai, ai se eu te pego… “
-Nossa, o concerto está brutal.
-Sim, cê merece Milo. Vamos sentir saudades suas. – Disse um homem com mais ou menos 14 anos.
-Nossa, agora me sinto mal. Vocês me fizeram este concerto brutal, e agora vou deixar vocês… - Desabafou Milo.
-Sem problemas carai. Vamos, o concerto está terminando, vá chamar a Mei, ela está no banheiro. – Falou um outro rapaz.
Milo deixou os seus amigos e prosseguiu até à casa de banho de sua casa. Bateu à porta.
- Mei? – Ninguém respondeu. Bateu novamente. – Mei? Cê tá aí? – Impaciente, abriu a porta. – Não?! Mei, como? Porquê?!
-Milo… - Dando uma pausa para gemer, a mulher continuou. – Peço desculpa, não estava fun-funCIONANDO!
Milo deixou a casa de banho, melancólico e triste. Não ligou ao concerto, nem aos seus amigos, apenas pegou numa mochila velha e preta e saiu de sua casa. O jovem rapaz ficou a chorar num banco. Nem deu conta do passar das horas.
-Hey? Hey? – Chamou um agente policial, gordo, alto e com o seu cassetete na mão.
-Diga senhor? – Questionou o rapaz, a limpar as lágrimas dos seus olhos.
-Tem licença?
-Licença? De quê? – Perguntou ele.
-De ser boom. Um homem bonito como o senhor não pode andar só nestas ruas sem licença. – Disse o homem, já com as suas mãos sobre o banco de Milo e com a sua cara encostada à do rapaz.
-Ai meu deus, saia de cima de mim. – Tentou afastar o agente, porém, este não era peça fácil, debateu-se, chegando ao ponto de agarrar os pulsos do jovem. –Não! Socorro! Me acudam! – O polícia desbrochou os seus lábios e começou a leva-los na direcção de Milo. –Não!!
Milo via-se agora numa posição delicada, tinha que pensar rápido. Apesar de traveco, o homem era forte, até demais para o jovem de 15 anos. Pensando rápido, e aproveitando o facto do homem apenas se estar a concentrar nos lábios do rapaz, Milo retirou o cassetete do homem e deu-o na cabeça do agente.
-Não! Me dê isso seu moleque safado! – Pediu ele queixando-se do seu olho esquerdo.
-Hahaha! Toma, toma e toma! Hahahahaha! – Milo batia no policia repetitivamente, sem parar. Chegando ao ponto de nocautear o pobre homem, que apenas se queria divertir. – Nossa! O que é que eu fiz? – Milo saiu de cima do policia, pegou na sua mochila e dirigiu-se ao aeroporto. Entrou no avião depois de tratar dos procedimentos habituais, e fez a sua viagem alegremente pelos céus, até chegar finalmente ao seu destino.
- Jovem, chegámos ao seu destino. – Informou uma jovem a acordar Milo, que havia adormecido.
-Ãh? – Perguntou ele ao se levantar, ainda desorientado e a coçar os seus enormes olhos castanhos, como a noz. – Dirigiu-se até à porta, desceu uma escada, e, já em terra abriu os seus braços. – IAE PORTUGAL!
Porque será que o jovem Milo veio para Portugal? Não percam o próximo capítulo, porque nós, também não!