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Decidi escrever isto para o concurso de escrita, mas recentemente descobri que tínhamos que escrever um romance e uma batalha, por isso desisti e posto isto aqui. Opiniões são apreciadas e acima de tudo, digam se devo criar uma fic com este tema 
Nos confins do mundo, numa ilha completamente desabitada, os cientistas mais inteligentes do governo trabalhavam num laboratório secreto, desconhecido ao resto do mundo. O Governo tinha-lhes concedido autorização para projectos outrora ilegais. Entre eles, a ressurreição era o principal.
O doutor Edward Fox, vinte e quatro anos, é o responsável pelo projecto. Parecia estar tudo certo para iniciarem o próximo teste. Há anos que tinham experimentado com corpos mortos, mas nenhum dos testes alguma vez tinha funcionado. Pareciam estar confiantes, desta vez. Na sala, estava no piso inferior um cadáver, parecendo que tinha morrido há cerca de uns dias, rodeado de várias máquinas, de tecnologia avançada. No piso superior, protegido por vidro impenetrável, estavam cerca de vinte cientistas, estando o doutor Edward com eles.
- Irmão… a minha pesquisa está quase lá. É só mais um bocado, isto vai funcionar, eu acredito. E depois vou poder ver-te novamente. – Pensou, confiante no seu trabalho. Edward era considerado um génio. Apenas passado três anos depois de entrar no projecto de ressurreição, tornou-se no líder deste mesmo. Prosseguiu, em voz alta – Comecem.
Um dos seus assistentes premiu um botão. Rapidamente o corpo, no topo de uma maca, começou a ser atingido por vários raios, parecendo de ser de electricidade. Electricidade diferente da normal, no entanto. Continha também radiação e outros materiais. O cadáver começou a ser rodeado por uma aura branca, provocada pela radiação e electricidade. Isto continuou, sem nada mudar, durante mais um minuto. Desligaram as máquinas e foram verificar o corpo, não tinha sido com sucesso.
- Doutor Edward, nós vamos indo para casa, vai ficar aqui?
- Sim, sim. Só durante mais algum tempo, podem ir. – Esperando que a sala ficasse vazia, Fox desceu ao piso inferior e foi observar o corpo com os seus próprios olhos. Percebeu que a experiência não tinha funcionado – … Assim nunca chegarei lá. – Pensou. Virou as costas ao cadáver de uma pessoa desconhecida e desligou as luas, saindo da sala para ir embora.
O dia seguinte chegou. Edward chegou à ilha, um bocado triste pelo falhanço do dia de ontem. Entrou no laboratório. Os seus olhos ficaram chocados com o que viu. O laboratório estava completamente destruído, tudo que tinha trabalhado no projecto de ressurreição, mais o trabalho dos outros cientistas nos outros projectos tinham sido destruídos. Ao longo da instalação, via-se corpos mortos, sangue, fogo, destruição, todo o mal que se podia imaginar.
- Não, não… o que poderá ter feito isto? P-Porque é que isto aconteceu? – Questionou-se, apoderado de medo. De repente, ouviu um barulho. Parecia ser algo a cair. Eis que olhou para trás e observou uma estante a cair no chão. Mal voltou a olhar para a frente, deparou-se com algo monstruoso – N-Não… Não! T-Tu… N-Não pode ser. – Era o cadáver que ele tentara ressuscitar no dia anterior. Parecia ser um zombie, e o provocador dos estragos. Não parecia ter qualquer consciência dos seus atos. Tremendo, Fox virou as costas e começou a correr em direção ao helicóptero que tinha usado para entrar no espaço privado da ilha.
Entrou, mas o zombie que tinha feito aqueles estragos já estava atrás de si. De repente, mais mortos-vivos começaram a rodear o método de transporte do jovem cientista, sem que este soubesse de onde vinham. Este não podia fazer nada, os mortos-vivos prendiam o helicóptero no chão, agarrando-se a ele com o seu peso. Não aguentou mais e foi apanhado, sucumbindo.
- NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOO!!!! – O grito de horror seguiu-se de um silêncio tenebroso que se apoderou da ilha.
Cinquenta anos depois, o vírus tinha-se espalhado para todo o mundo, através dos animais voadores e marinhos. O mundo vivia num apocalipse. O Governo do mundo era a única forma de defesa contra a invasão de zombies, mas estes pareciam querer apenas ajudarem-se a si próprios e não ao resto da população, o que provocou com que estes trabalhassem em conjunto, organizando pequenas vilas e colónias, onde todo o alimento era verificado várias vezes antes de serem dados aos habitantes. A tecnologia também tinha evoluído bastante, porém, pessoas preferiam utilizar animais como cavalos como método de transporte, pois os carros e o pouco combustível que tinham eram necessários para emergências. Contudo, apesar da terra tenebrosa onde viviam, o povo ainda era capaz de encontrar alguma felicidade, especialmente com as crianças.
Junto a uma linha de comboio pouco utilizada, duas crianças brincavam, uma coisa rara de se ver nos dias de hoje. Ali, em Long Barony, uma pequena vila, considerada bastante segura, apesar dos seus poucos habitantes, as duas crianças brincavam junto às linhas de ferro.
- Raizen, apanha! – Um dos rapazes, que parecia ter cerca de dez anos, atirou uma pequena bola em direção ao seu amigo. Porém, esta passou por cima dele. Raizen, que tinha por volta da mesma idade que o seu colega, correu para apanhar a pequena esfera azul. Todavia, não ouvira o alarme, que informara que o comboio se estava a aproximar da estação.
- RAIZEN, CUIDADO! – O seu amigo gritou, mas já era tarde demais. Quando Raizen finalmente ouviu os gritos deste, já tinha apanhado a bola e estava no meio das linhas de ferro, estando o comboio mesmo atrás dele, prestes a atropelar-lhe. O jovem virou-se para trás, e ficou paralisado.
- AAAAAAAAAAAAAAH! – Apenas se ouviu um estrondo. O comboio tinha parado. Ao lado das vias férreas, estava um bocado de fumo, provocado pelo travo inesperado do veículo. A criança, Raizen… estava são e salva – …Huh? E-Eu estou bem…? – Olhou para cima – O-Ob-Obrigado, senhor.
O comboio tinha sido travado por um rapaz. Este travou-o com a sua mão direita, que era mecanizada – De nada. Brinca à vontade, mas segurança primeiro. – Sorriu, fechando os olhos. Pôs as suas mãos aos bolsos, e prosseguiu caminho. O jovem tinha um casaco castanho, uma camisola negra, umas calças de ganga azuis e um chapéu castanho. No entanto, o que mais se notava na sua aparência física, era a sua grande cicatriz, que começava na testa, atravessava o olho esquerdo, e terminava na bochecha.
Continuou o seu caminho, com as mãos nos bolsos. Dirigiu-se para o centro da pequena vila, cujos passeios eram de madeira e o chão era apenas de terra. Entrou num pequeno bar, denominado de “The Wet Bottle”. Sentou-se ao balcão.
- Apenas um copo de água, se faz favor. – O seu copo foi posto no balcão e este pegou nele com a sua mão esquerda, começando a beber aos poucos. A sua mão direita mecânica mantinha-se no bolso.
À medida que bebia, pessoas conversavam alegremente. Isso parou. A porta do bar foi aberta com um pontapé. Entraram três homens. Dois deles eram magros e tinham cabelo preto, não davam muito nas vistas, as atenções viram-se para o homem no centro. Era grande e musculado. Quanto à aparência, era careca, com uma grande cicatriz diagonal atravessando-lhe a cara da sobrancelha esquerda à bochecha direita.
- Gehahahah… Quero uma cerveja das grandes. – Ordenou, enquanto se sentava ao lado direito do jovem rapaz com a mão mecânica. Os que pareciam ser os seus capangas sentaram-se ao lado esquerdo do homem com grande porte. A cerveja foi trazida numa espécie de barril que se assemelhava, em tamanho, a um balde normal. Este simplesmente pegou nela e bebeu-a violentamente e grosseiramente.
- Oi, a-aquele não é o famoso caçador de Zombies, Rustle? – Sussurrou uma pessoa no bar para o homem ao seu lado.
- Famoso caçador de Zombies? Nunca ouvi falar dele.
- Sim, depois de aquela epidemia de monstros se’spalhar pelo mundo, o Governo começou a pagar a quem fosse corajoso o suficiente para os matar. Este aqui é o Rustle, tenho a certeza. Das classes de caçadores, que avaliam a sua capacidade, ele está na classe C, vê-se porquê, com aquele corpo. – Terminou.
Rustle continuava a beber, de maneira um bocado nojenta, a cerveja que lhe tinha sido dada. Terminando, arrotou. O arroto fora tão alto que tinha passado pela sala inteira, calando todos.
- GEYAHAHAHAHA! Hoje estou de bom humor, acabei de receber um monte de dinheiro pela recente caça. Hey, puto. Como te chamas? – Perguntou, dirigindo-se ao rapaz à sua direita.
- …. Erik Hawk. – Após pronunciar o seu nome, a sala silenciou-se. Todos, incluindo Rustle, ficaram de boca aberta, um bocado assustados, também. Contudo, o caçador de piratas rapidamente fechou a sua boca e sorriu.
-… Hn…. GEYAHAHAHAHAH! Tu? O Erik Hawk? GEHAHAHAH! Queres mesmo que me acredite que tu és o famoso revolucionário Erik “Sixgun” Hawk, um fraco como tu? GEYAHAHAHAH! – Ria-se de uma maneira parva e entretanto, todos na sala começavam a mostrar alívio na sua cara.
- Ahahah! É mesmo isso, este otário deve estar a pensar que engana aqui o chefe Rustle! Ahahahah! - Falou um dos fracos capangas. Erik levantou-se. Seguido dele, Rustle também se levantou, pondo-se no caminho do jovem com a cicatriz no olho.
- … Sai da frente.
- Ho? GEHAHAHAH! Olha este aqui. GEYAHAHAHHA! IDIOTAS COMO TU ENOJAM-ME! – Rustle levantou o braço e simplesmente acertou em Erik com um soco que o lançou contra o balcão, ficando lá ele encostado. O copo de água que tinha comprado caiu e a água caiu-lhe em cima da cabeça. Rustle terminou ao cuspir na cara do rapaz com a mão robótica.
- GEYAHAHAHAH! Vamos.
- Que idiota! Ahahaha! – E aos risos, Rustle e os seus dois capangas saíram do bar, após terem feito o sucedido. Hawk levantou-se e limpou a água e o cuspo.
- Desculpe pelo que se passou. – Falou, sorrindo, enquanto limpava o seu casaco e calças.
- Huh, ah? Ah, s-sim, não se preocupe por isso.
Erik Hawk saiu do bar, deparando-se com algo horrível. A criança, Raizen, que ele tinha salvo estava agora a ser ameaçada por Rustle e os seus colegas.
- Huh? Puto, como te atreves a passares à minha frente?
- D-D-De-Desculpe senhor, e-eu só tentei apanhar a minha bola…
- Geyahahahah! E então, rapazes? O que fazemos com este?
- Mate-o! O que ele fez foi imperdoável!! Ahahahahha! – Sugeriu o capanga.
- Geyahahahah! Acho que vai ter que ser isso. GEYAHAHAH! – Com um olhar convencido e orgulhoso, Rustle pegou na shotgun que tinha na cintura e apontou-a à cabeça do miúdo.
Ouviu-se o som de uma bala. O grupo de Rustle estava de boca aberta, não acreditara no que tinha passado. Erik tinha bloqueado a bala com a sua mão direita, a mecânica. Estando virado de lado, “Sixgun” apenas lhes deu um olhar aterrorizador, o que fez com que estes tremessem e começassem a andar para trás, com medo. Hawk virou-se para o grupo e ergueu a mão direita, pondo-a ao lado da cara. Mostrando a bala, presa entre o polegar e o dedo indicador, Hawk facilmente esmaga-a com a sua mão, deixando os pedaços cair no chão.
- Ghhh!.... – Os três estavam apoderados de medo, pelos feitos do rapaz, bem como do seu olhar. Hawk começou a andar lentamente em direção ao grupo de Rustle. Cerrou o punho e com grande força, acertou com um soco na cara de Rustle, projectando-o vários metros para longe. Este quebrou a porta do bar onde estavam anteriormente e ficou espetado no balcão.
- C-CHEFE RUSTLE! – Os restantes dois começaram a correr em direção a Rustle, para o acudir.
- Idiotas como tu enojam-me. – Terminou Hawk, enquanto se virava para Raizen – Estás bem? – Perguntou, sorrindo.
- Sim, obrigado senhor. – Mostrou grande gratitude, o rapaz.
- Raizen, não é? Fica longe de perigo. – Terminou, enquanto pôs o seu chapéu na cabeça do rapaz – Adeus. – Despediu-se, enquanto acenava e sorria.
- AAAADEEEEEEEEEEEUUUUSSSSS! – A figura de Erik “Sixgun” Hawk já não se via. Ele tinha desaparecido no horizonte e a sua marca para sempre iria ficar permanente naquela vila e em Raizen.
Nos confins do mundo, numa ilha completamente desabitada, os cientistas mais inteligentes do governo trabalhavam num laboratório secreto, desconhecido ao resto do mundo. O Governo tinha-lhes concedido autorização para projectos outrora ilegais. Entre eles, a ressurreição era o principal.
O doutor Edward Fox, vinte e quatro anos, é o responsável pelo projecto. Parecia estar tudo certo para iniciarem o próximo teste. Há anos que tinham experimentado com corpos mortos, mas nenhum dos testes alguma vez tinha funcionado. Pareciam estar confiantes, desta vez. Na sala, estava no piso inferior um cadáver, parecendo que tinha morrido há cerca de uns dias, rodeado de várias máquinas, de tecnologia avançada. No piso superior, protegido por vidro impenetrável, estavam cerca de vinte cientistas, estando o doutor Edward com eles.
- Irmão… a minha pesquisa está quase lá. É só mais um bocado, isto vai funcionar, eu acredito. E depois vou poder ver-te novamente. – Pensou, confiante no seu trabalho. Edward era considerado um génio. Apenas passado três anos depois de entrar no projecto de ressurreição, tornou-se no líder deste mesmo. Prosseguiu, em voz alta – Comecem.
Um dos seus assistentes premiu um botão. Rapidamente o corpo, no topo de uma maca, começou a ser atingido por vários raios, parecendo de ser de electricidade. Electricidade diferente da normal, no entanto. Continha também radiação e outros materiais. O cadáver começou a ser rodeado por uma aura branca, provocada pela radiação e electricidade. Isto continuou, sem nada mudar, durante mais um minuto. Desligaram as máquinas e foram verificar o corpo, não tinha sido com sucesso.
- Doutor Edward, nós vamos indo para casa, vai ficar aqui?
- Sim, sim. Só durante mais algum tempo, podem ir. – Esperando que a sala ficasse vazia, Fox desceu ao piso inferior e foi observar o corpo com os seus próprios olhos. Percebeu que a experiência não tinha funcionado – … Assim nunca chegarei lá. – Pensou. Virou as costas ao cadáver de uma pessoa desconhecida e desligou as luas, saindo da sala para ir embora.
O dia seguinte chegou. Edward chegou à ilha, um bocado triste pelo falhanço do dia de ontem. Entrou no laboratório. Os seus olhos ficaram chocados com o que viu. O laboratório estava completamente destruído, tudo que tinha trabalhado no projecto de ressurreição, mais o trabalho dos outros cientistas nos outros projectos tinham sido destruídos. Ao longo da instalação, via-se corpos mortos, sangue, fogo, destruição, todo o mal que se podia imaginar.
- Não, não… o que poderá ter feito isto? P-Porque é que isto aconteceu? – Questionou-se, apoderado de medo. De repente, ouviu um barulho. Parecia ser algo a cair. Eis que olhou para trás e observou uma estante a cair no chão. Mal voltou a olhar para a frente, deparou-se com algo monstruoso – N-Não… Não! T-Tu… N-Não pode ser. – Era o cadáver que ele tentara ressuscitar no dia anterior. Parecia ser um zombie, e o provocador dos estragos. Não parecia ter qualquer consciência dos seus atos. Tremendo, Fox virou as costas e começou a correr em direção ao helicóptero que tinha usado para entrar no espaço privado da ilha.
Entrou, mas o zombie que tinha feito aqueles estragos já estava atrás de si. De repente, mais mortos-vivos começaram a rodear o método de transporte do jovem cientista, sem que este soubesse de onde vinham. Este não podia fazer nada, os mortos-vivos prendiam o helicóptero no chão, agarrando-se a ele com o seu peso. Não aguentou mais e foi apanhado, sucumbindo.
- NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOO!!!! – O grito de horror seguiu-se de um silêncio tenebroso que se apoderou da ilha.
Cinquenta anos depois, o vírus tinha-se espalhado para todo o mundo, através dos animais voadores e marinhos. O mundo vivia num apocalipse. O Governo do mundo era a única forma de defesa contra a invasão de zombies, mas estes pareciam querer apenas ajudarem-se a si próprios e não ao resto da população, o que provocou com que estes trabalhassem em conjunto, organizando pequenas vilas e colónias, onde todo o alimento era verificado várias vezes antes de serem dados aos habitantes. A tecnologia também tinha evoluído bastante, porém, pessoas preferiam utilizar animais como cavalos como método de transporte, pois os carros e o pouco combustível que tinham eram necessários para emergências. Contudo, apesar da terra tenebrosa onde viviam, o povo ainda era capaz de encontrar alguma felicidade, especialmente com as crianças.
Junto a uma linha de comboio pouco utilizada, duas crianças brincavam, uma coisa rara de se ver nos dias de hoje. Ali, em Long Barony, uma pequena vila, considerada bastante segura, apesar dos seus poucos habitantes, as duas crianças brincavam junto às linhas de ferro.
- Raizen, apanha! – Um dos rapazes, que parecia ter cerca de dez anos, atirou uma pequena bola em direção ao seu amigo. Porém, esta passou por cima dele. Raizen, que tinha por volta da mesma idade que o seu colega, correu para apanhar a pequena esfera azul. Todavia, não ouvira o alarme, que informara que o comboio se estava a aproximar da estação.
- RAIZEN, CUIDADO! – O seu amigo gritou, mas já era tarde demais. Quando Raizen finalmente ouviu os gritos deste, já tinha apanhado a bola e estava no meio das linhas de ferro, estando o comboio mesmo atrás dele, prestes a atropelar-lhe. O jovem virou-se para trás, e ficou paralisado.
- AAAAAAAAAAAAAAH! – Apenas se ouviu um estrondo. O comboio tinha parado. Ao lado das vias férreas, estava um bocado de fumo, provocado pelo travo inesperado do veículo. A criança, Raizen… estava são e salva – …Huh? E-Eu estou bem…? – Olhou para cima – O-Ob-Obrigado, senhor.
O comboio tinha sido travado por um rapaz. Este travou-o com a sua mão direita, que era mecanizada – De nada. Brinca à vontade, mas segurança primeiro. – Sorriu, fechando os olhos. Pôs as suas mãos aos bolsos, e prosseguiu caminho. O jovem tinha um casaco castanho, uma camisola negra, umas calças de ganga azuis e um chapéu castanho. No entanto, o que mais se notava na sua aparência física, era a sua grande cicatriz, que começava na testa, atravessava o olho esquerdo, e terminava na bochecha.
Continuou o seu caminho, com as mãos nos bolsos. Dirigiu-se para o centro da pequena vila, cujos passeios eram de madeira e o chão era apenas de terra. Entrou num pequeno bar, denominado de “The Wet Bottle”. Sentou-se ao balcão.
- Apenas um copo de água, se faz favor. – O seu copo foi posto no balcão e este pegou nele com a sua mão esquerda, começando a beber aos poucos. A sua mão direita mecânica mantinha-se no bolso.
À medida que bebia, pessoas conversavam alegremente. Isso parou. A porta do bar foi aberta com um pontapé. Entraram três homens. Dois deles eram magros e tinham cabelo preto, não davam muito nas vistas, as atenções viram-se para o homem no centro. Era grande e musculado. Quanto à aparência, era careca, com uma grande cicatriz diagonal atravessando-lhe a cara da sobrancelha esquerda à bochecha direita.
- Gehahahah… Quero uma cerveja das grandes. – Ordenou, enquanto se sentava ao lado direito do jovem rapaz com a mão mecânica. Os que pareciam ser os seus capangas sentaram-se ao lado esquerdo do homem com grande porte. A cerveja foi trazida numa espécie de barril que se assemelhava, em tamanho, a um balde normal. Este simplesmente pegou nela e bebeu-a violentamente e grosseiramente.
- Oi, a-aquele não é o famoso caçador de Zombies, Rustle? – Sussurrou uma pessoa no bar para o homem ao seu lado.
- Famoso caçador de Zombies? Nunca ouvi falar dele.
- Sim, depois de aquela epidemia de monstros se’spalhar pelo mundo, o Governo começou a pagar a quem fosse corajoso o suficiente para os matar. Este aqui é o Rustle, tenho a certeza. Das classes de caçadores, que avaliam a sua capacidade, ele está na classe C, vê-se porquê, com aquele corpo. – Terminou.
Rustle continuava a beber, de maneira um bocado nojenta, a cerveja que lhe tinha sido dada. Terminando, arrotou. O arroto fora tão alto que tinha passado pela sala inteira, calando todos.
- GEYAHAHAHAHA! Hoje estou de bom humor, acabei de receber um monte de dinheiro pela recente caça. Hey, puto. Como te chamas? – Perguntou, dirigindo-se ao rapaz à sua direita.
- …. Erik Hawk. – Após pronunciar o seu nome, a sala silenciou-se. Todos, incluindo Rustle, ficaram de boca aberta, um bocado assustados, também. Contudo, o caçador de piratas rapidamente fechou a sua boca e sorriu.
-… Hn…. GEYAHAHAHAHAH! Tu? O Erik Hawk? GEHAHAHAH! Queres mesmo que me acredite que tu és o famoso revolucionário Erik “Sixgun” Hawk, um fraco como tu? GEYAHAHAHAH! – Ria-se de uma maneira parva e entretanto, todos na sala começavam a mostrar alívio na sua cara.
- Ahahah! É mesmo isso, este otário deve estar a pensar que engana aqui o chefe Rustle! Ahahahah! - Falou um dos fracos capangas. Erik levantou-se. Seguido dele, Rustle também se levantou, pondo-se no caminho do jovem com a cicatriz no olho.
- … Sai da frente.
- Ho? GEHAHAHAH! Olha este aqui. GEYAHAHAHHA! IDIOTAS COMO TU ENOJAM-ME! – Rustle levantou o braço e simplesmente acertou em Erik com um soco que o lançou contra o balcão, ficando lá ele encostado. O copo de água que tinha comprado caiu e a água caiu-lhe em cima da cabeça. Rustle terminou ao cuspir na cara do rapaz com a mão robótica.
- GEYAHAHAHAH! Vamos.
- Que idiota! Ahahaha! – E aos risos, Rustle e os seus dois capangas saíram do bar, após terem feito o sucedido. Hawk levantou-se e limpou a água e o cuspo.
- Desculpe pelo que se passou. – Falou, sorrindo, enquanto limpava o seu casaco e calças.
- Huh, ah? Ah, s-sim, não se preocupe por isso.
Erik Hawk saiu do bar, deparando-se com algo horrível. A criança, Raizen, que ele tinha salvo estava agora a ser ameaçada por Rustle e os seus colegas.
- Huh? Puto, como te atreves a passares à minha frente?
- D-D-De-Desculpe senhor, e-eu só tentei apanhar a minha bola…
- Geyahahahah! E então, rapazes? O que fazemos com este?
- Mate-o! O que ele fez foi imperdoável!! Ahahahahha! – Sugeriu o capanga.
- Geyahahahah! Acho que vai ter que ser isso. GEYAHAHAH! – Com um olhar convencido e orgulhoso, Rustle pegou na shotgun que tinha na cintura e apontou-a à cabeça do miúdo.
Ouviu-se o som de uma bala. O grupo de Rustle estava de boca aberta, não acreditara no que tinha passado. Erik tinha bloqueado a bala com a sua mão direita, a mecânica. Estando virado de lado, “Sixgun” apenas lhes deu um olhar aterrorizador, o que fez com que estes tremessem e começassem a andar para trás, com medo. Hawk virou-se para o grupo e ergueu a mão direita, pondo-a ao lado da cara. Mostrando a bala, presa entre o polegar e o dedo indicador, Hawk facilmente esmaga-a com a sua mão, deixando os pedaços cair no chão.
- Ghhh!.... – Os três estavam apoderados de medo, pelos feitos do rapaz, bem como do seu olhar. Hawk começou a andar lentamente em direção ao grupo de Rustle. Cerrou o punho e com grande força, acertou com um soco na cara de Rustle, projectando-o vários metros para longe. Este quebrou a porta do bar onde estavam anteriormente e ficou espetado no balcão.
- C-CHEFE RUSTLE! – Os restantes dois começaram a correr em direção a Rustle, para o acudir.
- Idiotas como tu enojam-me. – Terminou Hawk, enquanto se virava para Raizen – Estás bem? – Perguntou, sorrindo.
- Sim, obrigado senhor. – Mostrou grande gratitude, o rapaz.
- Raizen, não é? Fica longe de perigo. – Terminou, enquanto pôs o seu chapéu na cabeça do rapaz – Adeus. – Despediu-se, enquanto acenava e sorria.
- AAAADEEEEEEEEEEEUUUUSSSSS! – A figura de Erik “Sixgun” Hawk já não se via. Ele tinha desaparecido no horizonte e a sua marca para sempre iria ficar permanente naquela vila e em Raizen.
